sexta-feira, 7 novembro, 2025
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    O rico território mineiro – Cataguases

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    *Fabíola Fabrícia

    Não é novidade para ninguém que a região de Minas Gerais é muito bela e rica nos aspectos naturais, culturais e culinários, sem contar o fraterno acolhimento dos seus residentes. Além disso, possui um forte desempenho econômico e urbano na estrutura da Capital e Municípios.

    Um dos períodos históricos que mais impulsionou o desenvolvimento econômico da região foi o “Ciclo do ouro”, período em que o cultivo desse elemento atraiu um grande número de pessoas para o local. A partir do ocorrido, a população passou a visar outras atividades econômicas como comércio, agricultura e pecuária. É importante ressaltar que o ciclo do ouro afetou consideravelmente a cultura Barroca mineira, influindo na elevação da classe dominante letrada.

    De fato as cidades de Minas Gerais têm muitas histórias e cada uma delas apresentam particularidades, partindo desse pressuposto, poderíamos comentar sobre vários lugares, mas iremos destacar o município de Cataguases, localizado na Zona da Mata mineira.

    O território mineiro sempre foi muito visado devido a existência de diamantes na região. Segundo dados apontados pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), entre 1809 e 1810, vários padres foram até Cataguases para conferir se realmente havia existência de pedras preciosas, na época o rio Pomba era chamado de Porto dos Diamantes, porém o que eles conseguiram extrair do local foi apenas meia pataca de ouro, por isso ficou conhecido como “Ribeirão Meia Pataca” que naquele tempo, era uma moeda de pouco valor que custava cento e sessenta réis. Os colonizadores passaram a habitar ao redor das aldeias dos índios Coroados, Carapós e Puris. O nome Cataguases deriva da língua tupi-guarani e significa “povo bom”. Para alguns linguistas, a semântica da palavra seria “catu-auá”. Os índios cataguás viviam na região e o lugar também ficou conhecido como “Sertão dos Cataguases”.

    Cataguases é referência no campo da arquitetura modernista, arte, cinema e literatura. É um dos principais polos arquitetônicos com obras de célebres arquitetos como Oscar Niemeyer, Francisco Bolonha, e os irmãos MM Roberto. Na arte plástica podemos enfatizar o estilo pictórico de Nanzita. O cinema recebe destaque com a produção fílmica de Humberto Mauro, um dos pioneiros da cinematografia nacional. Em meados dos anos 20, a literatura do Grupo verde teve uma participação relevante no movimento literário modernista. O escritor Francisco Inácio Peixoto foi o principal articulista da Revista Verde.
    O legado modernista de Cataguases permanece vivo, influenciando a cultura local, propondo para os seus habitantes e visitantes uma visão atualizada de arte que busca novas formas de expressões. Toda essa herança contribui para a formação cultural e intelectual dos cidadãos brasileiros.

    *Fabíola Fabrícia é escritora, poeta bilíngue, colunista, antologista e professora graduada em Letras Português/Inglês e Respectivas Literaturas e Pós-graduada em docência do Ensino Superior. A autora tem seis livros publicados, participação em diversas antologias nacionais e internacionais. Foi convidada a apresentar os seus livros na Feira Virtual Internacional Del Libro Centro América, Peru, Chile e Argentina, entre outras.

     

     

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